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Caso Tatiane Spitzner: Luis Felipe Manvailer, acusado de matar advogada, vai a júri popular nesta quarta-feira (10)

Postado em 10/02/2021 por

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*Fonte imagem : Caso Tatiane Spitzner: Luis Felipe Manvailer, acusado de matar advogada, vai a júri popular nesta quarta-feira (10)*


Foto: Wilson Kirsche/RPC

O júri popular de Luis Felipe Manvailer, marido acusado de ter matado a advogada Tatiane Spitzner, começa nesta quarta-feira (10) no Fórum de Guarapuava, na região central do Paraná, a partir das 9h.

Manvailer chegou ao fórum em um carro do Departamento Penitenciário do Paraná por volta das 8h30. Familiares e amigos de Tatiane fizeram um protesto no local, pedindo a condenação do réu.

Tatiane Spitzner foi encontrada morta na madrugada do dia 22 em julho de 2018, após queda do 4º andar do apartamento em que morava com o réu, na cidade.

Preso há dois anos e seis meses na Penitenciária Industrial de Guarapuava, Manvailer responderá por homicídio qualificado – com as qualificadoras de feminicídio, motivo fútil e morte mediante asfixia. Ele também é acusado por fraude processual.

O júri popular do caso foi adiado duas vezes. Inicialmente marcado para 3 e 4 de dezembro, o julgamento foi adiado para 25 de janeiro, após um advogado de defesa do réu ser diagnosticado com Covid-19.

A segunda remarcação do júri ocorreu após pedido da defesa do réu por incompatibilidade de datas.

Conforme o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), por conta da pandemia do novo coronavírus, o julgamento será restrito para presença das partes envolvidas no processo.

A partir do momento dos debates, a sessão terá transmissão virtual, pelo canal do Tribunal de Justiça do estado no Youtube.

O que dizem as partes

Na véspera do início do julgamento, a defesa de Luis Felipe Manvailer destacou que a queda de Tatiane foi uma “fatalidade”.

“Infelizmente a Tatiane sofreu um acidente. Ela caiu, foi uma fatalidade. Nós lamentamos por tudo isso e sabemos que o Luis errou quando a agrediu e por essa agressão ele já está sendo punido”, disse o advogado Cláudio Dalledone Junior.

O assistente de acusação, Gustavo Scandelari, ressaltou as provas que serão apresentadas durante o julgamento.

“As provas já foram produzias em primeiro momento e serão as mesmas apresentadas ao júri, especialmente o depoimento dos vizinhos que disseram que ouviram os gritos e disseram que os gritos terminaram e aí, três ou quatro minutos depois, eles ouviram o corpo de Tatiane caindo no chão”, afirmou.

Relembre o caso

Tatiane Spitzner foi encontrada morta na madrugada do dia 22 de julho de 2018. De acordo com a Polícia Militar (PM), houve um chamado informando que uma mulher teria saltado ou sido jogada de um prédio.

A polícia informou que encontrou sangue na calçada do prédio ao chegar no local. Testemunhas disseram que um homem carregou o corpo para dentro do edifício. Conforme a PM, o corpo de Tatiane estava dentro do apartamento.

Luis Felipe Manvailer foi preso horas depois da morte da advogada, ao se envolver em um acidente na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná. A cidade fica a aproximadamente 340 quilômetros de Guarapuava, onde o crime aconteceu.

Durante uma audiência de custódia, Manvailer negou que tenha matado a esposa e disse que a advogada cometeu suicídio.

O acusado disse ainda que se acidentou porque a imagem de Tatiane pulando da sacada não saía da cabeça dele. Para a Polícia Civil, Manvailer tentava fugir para o Paraguai.

Em uma audiência de instrução, o acusado negou novamente que matou a advogada. Ele declarou que a família de Tatiane influenciou algumas testemunhas, que disseram na delegacia que haviam ouvido a advogada gritando durante a queda.

Segundo Manvailer, as testemunhas mudaram o depoimento nas audiências. No mesmo dia, o acusado preferiu não responder ao questionário feito pela Justiça e a audiência foi encerrada.

Luís Felipe Manvailer, professor universitário de biologia, era casado com Tatiane desde 2013, e o casal não tinha filhos.

Fonte: G1

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