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Carro popular: confira os modelos que podem ter preço reduzido após medida
Postado em 13/06/2023 por Juliana Balotin
*Fonte imagem : fiat-mobi-27052023095045662*
Em meio a uma queda acentuada nas vendas em 2023, o mercado automotivo pediu medidas de acesso ao crédito e debate sobre a redução dos elevados impostos que taxam os veículos vendidos no país. Essa semana o governo federal, por meio do vice-presidente, Geraldo Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, sinalizou a redução de impostos federais, como IPI e PIS/Cofins, para uma alíquota que resultaria em descontos, entre 1,5% e 10,96%, no preço final dos veículos. O projeto ainda será analisado pelo Ministério da Economia e deverá virar medida provisória dentro de 15 dias.
O critério levará em conta eficiência energética e índice de nacionalização, o que coloca modelos compactos e subcompactos na linha de um programa que pode ajudar a reaquecer a indústria automotiva no país. Após a queda nas vendas deste ano, 17 fábricas anunciaram período de férias coletivas para ajustar a produção de veículos ao patamar mais baixo de comercialização do momento.
Veja, em um primeiro momento, quais são os veículos que podem ficar mais em conta com o anúncio da medida de redução de impostos. Consideramos aqui as versões de entrada de cada um dos modelos mais em conta produzidos e vendidos no país.
O primeiro é o Renault Kwid, subcompacto que custa a partir de R$ 68,9 mil e que deve receber o desconto máximo, de 10,96%, por ser um dos modelos mais econômicos à venda. Nesse caso, deverá ter preço reduzido para cerca de R$ 61,4 mil.
O mesmo deve ocorrer com o Fiat Mobi produzido em Betim (MG), que também custa R$ 68,9 mil e que, com as medidas de redução de impostos, sairia por cerca de R$ 61,4 mil.
O Citroën C3 custa R$ 72,9 mil na versão de entrada e, caso receba o desconto máximo, de 10,96%, poderá ter o preço reduzido para cerca de R$ 64,9 mil. Seguindo o critério previamente anunciado, as versões com motor 1.0 teriam desconto maior, enquanto as versões com motor 1.6 teriam um incentivo menor.
O Peugeot 208 Like custa R$ 70,9 mil e, seguindo o mesmo critério adotado para o motor 1.0, pode ter o preço reduzido para cerca de R$ 63 mil. O 208 também é oferecido com motor 1.6 nas versões mais equipadas, que devem receber incentivo menor. Vale lembrar que o 208 é feito na Argentina, o que pode diminuir suas chances de receber o desconto máximo previsto.
O Polo Track da Volkswagen é o carro de entrada mais barato da marca, hoje, com preço de R$ 81,3 mil, que pode chegar a R$ 72,4 mil com a medida provisória. Já o Polo MPI, com a mesma motorização do Polo Track (1.0), pode ter o preço reduzido de R$ 86,3 mil para R$ 76,9 mil.
Outro ponto destacado por executivos do setor é que as novas regras de segurança introduzidas nos últimos anos, como inclusão de controles de tração e estabilidade obrigatórios (a partir de janeiro de 2022), bem como de dispositivos como freios ABS e, mais recentemente, distribuidor de frenagem, entre outros, a partir do ano de 2014, levaram a indústria a se concentrar em modelos mais caros, que são mais rentáveis.
O projeto prevê que apenas carros de até R$ 120 mil sejam contemplados pelo programa de redução de impostos. Hoje, segundo os executivos, as montadoras querem que o tíquete médio de compra do consumidor esteja nivelado acima desse valor.
Por fim, entidades ligadas ao varejo externaram preocupação de que o anúncio não do plano leve, neste primeiro momento, a um esvaziamento das concessionárias. O consumidor, atento às medidas, vai esperar o melhor momento para fazer sua compra. Da mesma forma, o mercado de usados pode ser bastante prejudicado com a queda de preços: há mais de 7.300 revendas de veículos por todo o país, as quais empregam mais de 315 mil pessoas.
Outro ponto são os juros altos, que inibem a compra de carros. Atualmente, a taxa de juros está em 13,75%, mas além de proporcionar condições mais seguras para a queda, o governo também deve sinalizar segurança jurídica, por meio da efetivação de medidas fiscais.
R7