Prefeito diz que contrato será rompido e sistema municipalizado se problema não for resolvido.
O Procon de Chapecó aplicou uma multa de 190 mil UFRMs (Unidade Fiscal de Referência Municipal), o equivalente a R$ 1.057.540, pelo grande número de reclamações sobre a falta de fornecimento de água na cidade. Em 2023 foram 3,6 mil casos apurados, segundo o coordenador do órgão de defesa do consumidor, Gustavo Vendramin.
Diante do grande número de reclamações o Procon abriu em janeiro a portaria investigativa número 30754-24, que constatou a infração devido à grande incidência de problemas no abastecimento.
O bairro mais afetado foi o Efapi, com 400 casos, em segundo, o Bom Pastor, com 200, e em terceiro, Santo Antônio, com quase 200 casos. Os bairros Presidente Médici e Centro também tiveram mais de 150 casos.
“Na maioria dos casos houve interrupção do fornecimento entre 12 e 24 horas, mas em alguns casos esse prazo foi ainda maior. A Casan foi notificada na semana passada e tem prazo para recurso, mas não deve obter êxito pois nosso processo está bem embasado”, disse Vendramin.
O prefeito João Rodrigues disse que a administração municipal recebeu muitas reclamações sobre o serviço prestado pela Casan e pediu rigor ao Procon na apuração das denúncias.
“Temos que ter respeito com o cidadão que trabalha o dia inteiro, chega em casa e não tem água. Mas a conta chega. Nós já pedimos para a Casan que melhore seu sistema de distribuição, que contrate equipamentos modernos para identificar os vazamentos, pois água no reservatório não é mais o problema. Tem água, mas ela não chega na casa do cidadão. Nós estamos reunindo documentos e se não melhorar o serviço, vamos romper o contrato e municipalizar o sistema”, garantiu.
Por Redação Oeste Mais
22/04/2024
