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Alvo da PF, Alexandre Pires segue no Réveillon de Florianópolis, confirma prefeitura

Postado em 06/12/2023 por

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*Fonte imagem : Foto @alexandrepires Redes sociais*


Alexandre Pires teria recebido, segundo apuração da Polícia Federal, pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada por garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima

Alexandre Pires se tornou alvo de investigação da Polícia Federal em função de um suposto envolvimento com o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. No entanto, o cantor segue como uma das estrelas do Réveillon em Florianópolis.

Conforme a prefeitura da Capital, o show do cantor não foi afetado pela investigação. A administração municipal também confirmou que o contrato já foi fechado e que a negociação ocorreu diretamente com a prefeitura, sem intermédio de outras empresas.

Alexandre Pires ficará responsável por comandar a Beira-Mar Norte em 31 de dezembro, com quase 3h de apresentação com o Baile do Nego Véio.

Cantor ainda se apresentará no Réveillon de Florianópolis – Foto: Adriel Douglas/Divulgação/ND

Alvos da PF

Segundo apuração, Alexandre Pires teria recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. Um apartamento de Alexandre Pires em Itapema foi alvo de buscas da PF.

O empresário do cantor, Matheus Possebon, foi preso preventivamente suspeito de financiar o garimpo na Terra Indígena Yanomami. De acordo com a PF, Possebon seria um dos “responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes”.

Após a prisão de Possebon, Pires removeu o nome do empresário de seu perfil no Instagram.

PF investiga extração ilegal de cassiterita na terra indígena

A investigação que envolve Alexandre Pires foi aberta depois que a Polícia Federal apreendeu, em janeiro de 2022, quase 30 toneladas do metal “cassiterita” extraído ilegalmente da sede de uma das empresas suspeitas. O carregamento seria enviado ao exterior.

A cassiterita é encontrada na forma de rocha bruta. Ela costuma ser vendida na forma de pó concentrado, obtido após o processo de mineração. Também é útil para a extração de estanho.

A PF afirma que os investigados teriam montado um esquema para dar aparência de legalidade ao garimpo. A cassiterita seria extraída no território yanomami, em Roraima, mas declarada no papel como originária do rio Tapajós.

Ao longo do inquérito, a Polícia Federal identificou uma rede de pessoas e empresas envolvidas na operacionalização das fraudes.

“Foram identificadas transações financeiras que relacionariam toda a cadeia produtiva do esquema, com a presença de pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração e laranjas para encobrir movimentações fraudulentas”, diz o comunicado divulgado pela PF.

Apartamento de Alexandre Pires em Itapema é alvo da PF

Os policiais cumpriram, na última segunda-feira (4), dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema.

A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de até R$ 130 milhões em bens dos investigados. A próxima etapa da investigação será analisar o material apreendido na operação.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de Alexandre Pires, que informou que enviaria uma nota, mas o posicionamento não foi encaminhado até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestação.

GABRIELA FERRAREZ,FLORIANÓPOLIS

05/12/2023 ÀS 20H14

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